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4.11.14

Troca frequente de emprego prejudica currículo, diz pesquisa

Se você vive trocando de emprego por qualquer motivo é melhor começar a tomar cuidado: uma pesquisa realizada pela Robert Half revela que profissionais com histórico de pouca permanência nas empresas são facilmente descartados de processos seletivos. É o que afirmam 95% dos CFOs brasileiros.

Foto: Ilustração/R7.
Segundo o levantamento, 20% dos entrevistados afirmam que cinco trocas de emprego em 10 anos já é o suficiente para considerar um candidato como profissional instável.

Outros 18% consideram sete um número alto de mudanças durante uma década e 15% apontam que 10 transições no mesmo período é algo preocupante.

Para 15%, três movimentações de emprego nesse intervalo de tempo merecem atenção.

Segundo o diretor da Robert Half, Sócrates Melo, um profissional valorizado no mercado deve ser capaz de completar ciclos de projetos e aprendizados.

“A contratação é um investimento da empresa no colaborador. Se ele não permanece tempo suficiente para atuar nos projetos do início até o momento de colher os resultados, torna-se difícil compreender sua capacidade de entrega e seu valor para a organização”, explica.

Além disso, o executivo explica que existem razões plausíveis para curtas permanências nos empregos, mas o profissional pode ser classificado como instável pelo recrutador caso ele sempre deixe um emprego sem justificativas claras.

Para realizar o estudo, foram entrevistados 1.185 CFOs da Austrália, Bélgica, Brasil, Chile, França, Hong Kong, Singapura, Reino Unido e Japão.

Na média mundial, cinco mudanças de emprego do candidato em um período de 10 anos também colocam o recrutador em estado de atenção.

O lugar com maior índice de intolerância a profissionais instáveis é Hong Kong, onde 100% dos gestores evitam currículos que apresentem esse histórico.

Possibilidade de rejeição de candidatos com muitas passagens curtas no currículo

ColocaçãoPaíses% de gestores que acham muito provável% de gestores que acham pouco provável
Hong Kong43%57%
Brasil53%42%
 Chile53%42%
Austrália39%54%
 Japão51%43%
Singapura41%49%
Reino Unido36%53%
Bélgica24%60%
França29%55%

Para diminuir o índice de rotatividade nas empresas, 60% dos CFOs brasileiros afirmam que utilizam como principal estratégia de retenção o aumento de salário.

Outras medidas são proporcionar melhorias e benefícios flexíveis (54%), treinamento e desenvolvimento profissional (49%), plano de carreira (35%), flexibilidade de horário e local de trabalho (26%) e contraproposta (24%).


Já na média mundial, melhorias e benefícios flexíveis são o melhor plano de retenção, segundo a opinião de 52% dos entrevistados.
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