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Incentivada durante palestra do Acessuas, araguaiense supera o desemprego e cria o próprio negócio


Adriane Alves de Souza Rodrigues Alburquerque hoje é dona da própria lanchonete no bairro Nossa Senhora Aparecida.

Adriane preparando produtos para venda.
(Foto: arquivo pessoal).
Assessoria de imprensa do Acessuas Trabalho
 06/03/2015
  
“Você nunca começa de cima. Você começa de baixo”. Quem sabe bem disso é Adriane Alves de Souza Rodrigues Alburquerque, de 32 anos, esposa e mãe de três filhas. Foi com essa frase, ouvida durante uma palestra do Programa Nacional de Promoção do Acesso ao Mundo do Trabalho (Acessuas Trabalho), que a vida da moradora do bairro Nossa Senhora Aparecida, em Alto Araguaia, começou a mudar. Motivada durante o evento, aceitou o desafio de montar o próprio negócio e depois de concluir quatro cursos no Senai, ela se orgulha hoje de ter a própria lanchonete, inaugurada há dois meses.

As ações do Acessuas fazem parte da política municipal de geração de renda, da Prefeitura Municipal de Alto Araguaia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social.

DIFICULDADES

Mas como Adriane mesmo confirma, antes da mudança de vida, ela conviveu com situações desagradáveis. Isso porque desemprego, ansiedade, falta de motivação e dificuldades financeiras fizeram parte do passado recente da microempreendedora. Acontece que a família sobrevivia apenas com o salário de vigilante do esposo e com o auxílio do Bolsa Família.

“A situação era meio precária. Eu ficava muito ansiosa, queria trabalhar, ter o meu dinheiro e ajudar ele (marido) comprar as coisas de casa”, desabafa.

MOTIVAÇÃO

Porém, no dia sete de junho do ano passado, o Acessuas realizou uma palestra com os beneficiários do Bolsa Família da Vila Aeroporto e bairros do entorno, na Escola Estadual Arlinda Pessoa Morbeck. As propostas do Governo Federal contidas no Plano Brasil Sem Miséria, Microcrédito Produtivo Orientado (MPO), comodismo, superação de limites, persistência e força de vontade, estiveram entre os principais assuntos abordados. E foi justamente nesse dia que a mulher abriu os olhos para novas possibilidades, ao prestar atenção na fala dos palestrantes e nos vídeos motivacionais.

“Eu ouvi essa palestra, gostei! Alguns vídeos me tocaram bastante. Inclusive, um deles mostrava uma mulher vendendo cachorro quente que falava que nunca é demais começar a sua vida debaixo, pois você nunca começa de cima. Você começa de baixo. Isso me motivou bastante. Agora estou firme e cada vez mais firme”, explica Adriane.

Bolo e salgados produzidos por Adriane. (Foto: arquivo pessoal).
O marido, Djalma Rodrigues de Alburquerque, 55 anos, confirma os resultados do evento promovido pelo Acessuas. “Houve essa palestra e ela (esposa) participou, chegou e me contou. Ai eu disse: agora vai depender de você. Mas vai fazer, Deus vai abençoar e vai te fazer sobressair. E foi o que realmente aconteceu”, conta, empolgado.

CAPACITAÇÃO E RESULTADOS

A mulher mostra torta preparada durante
curso no Senai. (Foto: arquivo pessoal).
Seguindo as orientações dadas na palestra, Adriane procurou na mesma semana o Senai, onde se matriculou inicialmente no curso de padeiro. Mas ela não parou por ai! Assim que terminou a capacitação, ainda fez os cursos de produção de tortas geladas, de preparo de doces e salgados e de produção de salgados básico e finos.

Com esforço e dedicação, inaugurou há dois meses a sua própria lanchonete e mais uma vez contou com a ajuda do Acessuas. Como o programa mantém parceria com o Banco do Brasil, a microempreendedora foi encaminhada para a agência bancária local, onde conseguiu financiamento pelo Microcrédito Produtivo Orientado. Trata-se de um empréstimo especial destinado a pequenos negócios, com taxas de juros mais baixas.

Hoje, Adriane trabalha com a família no empreendimento e até o esposo deixou o trabalho de vigilante para somar forças com a companheira. Mas a jornada é dura: Adriane começa bem cedo, às 4h, o preparo dos produtos para venda e só encerra a jornada às 22h. Aos domingos, ainda vende em uma barraca da feira municipal.

“Deus está abençoando. Claro que houve realmente uma mudança, hoje a vida é diferente, é mais corrida, há mais cobrança por parte da família e dos clientes, mas tem que batalhar”, ressalta o esposo.

Vendendo toda uma gama de produtos, que inclui salgados, doces, tortas salgadas e tortas geladas, o negócio só vem crescendo. Além de comercializar os gêneros alimentícios na própria lanchonete, Adriane também tem recebido diversos pedidos de encomendas.

“Estou mais que realizada. Hoje nem lembro como eu vivia antes. Eu só vejo o meu futuro cada dia melhor, graças a Deus. Mudou muito, muito mesmo. Tenho minhas encomendas... uma liga daqui, liga dali. Tem pedido, tem bastante saída na feira, na lanchonete... E eu estou cada dia que passa muito feliz” finaliza a microempreendedora. 

Estufa adquirida por Adriane para conservação dos produtos negociados na lanchonete. (Foto: arquivo pessoal).


Mais informações:
Ademilson Lopes – Coordenador Acessuas Trabalho
Telefone: (66) 3481-2946
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