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Unknown
Noa
Mintz estava tão descontente com a qualidade das babás contratadas por seus
pais para cuidar dela e dos irmãos que decidiu criar sua própria empresa - aos
13 anos.
Tudo
começou em 2012, quando a americana ainda estava na escola, em Nova York, e
lançou a Nannies by Noa, que oferece babás "interativas, criativas e
confiáveis" a famílias de Nova York, diz a jovem. As profissionais são
entrevistadas e têm contatos e histórico checados.
O
negócio cresceu rápido: somente no ano passado, triplicou, saltando de 50
clientes em 2013 para quase 200 atualmente. E acredita-se que a empresa gere
mais de US$ 300 mil por ano (cerca de R$ 966 mil reais).
"Sempre
imaginei que pais em Nova York queriam esse serviço, então comecei (a empresa)
bem pequena. Acreditava em qualidade ao invés de quantidade. Com o aumento da
demanda, a empresa cresceu também, porque as pessoas gostavam das nossas babás
e do serviço que eu estava oferecendo", disse ela, que hoje está com 15
anos, ao programa Outlook da BBC.
A
jovem tornou-se uma celebridade: teve perfis em jornais e sites e foi
entrevistada por programas populares de TV.
"As
pessoas podem me julgar pela minha idade. Tudo bem. (Mas) a idade é só um
número. Eu não tenho uma formação em negócios mas acho que eu mesmo me
ensinei."
Com
o crescimento do negócio, ela teve que mudar seu escritório: abandonou seu
quarto para ocupar um espaço num prédio imponente em Manhattan.
Não
foi só isso: aliar as responsabilidades da empresa com seus estudos provou-se
um desafio. Ela, então, decidiu contratar uma CEO (presidente-executiva).
"É
tudo sobre prioridades. Nos últimos dois anos e meio, cometi alguns
erros", diz, citando o hábito de procrastinar como um dos maiores desafios.
"Estamos
muito bem juntas. Se eu tenho mais trabalhos na escola, ela assume um pouco das
minhas funções. Se eu tiver menos, assumo um pouco do trabalho dela. Então
equilibramos as funções."
CEO:
'É diferente'
Allison
Johnson é a CEO da empresa. Quando concorreu à vaga, não tinha ideia de que sua
futura chefe seria, na verdade, uma adolescente.
"Conversamos
uma semana depois e ela disse 'estou começando o Ensino Médio e não posso
acompanhar a empresa, quero focar mais na escola'. Eu então parei... 'O que
você disse?'", disse Allison à BBC.
"Ela
disse: 'estou começando o Ensino Médio e faço isso em paralelo, mas quero focar
mais na escola. Amo a empresa mas preciso de alguém que me ajude'."
Ela
reconhece que esta é uma parceria diferente. "Sim, eu não mandaria
mensagens de texto ou usaria o Face Time com o meu chefe", diz a
executiva.
"O
comportamento dela (Noa) no trabalho e a maneira como ela trabalha não parece
que ela é uma adolescente... Mas nunca pareceu desconfortável", diz.
"É diferente e fazemos com que funcione."
"Mas
ainda me surpreende que ela consiga fazer tudo isso. Ela lida com isso muito
bem. Então, nem parece que eu estou falando com uma criança."
'COMECE PEQUENO'
Essa
não foi a primeira aventura empresarial da jovem. Num verão, usou suas férias
para fazer limonadas. Ganhou US$ 20.
No
verão seguinte, pensou "cresça ou desapareça", diz: vendeu cookies,
cupcakes, brownies, chá gelado, além de limonada. Ganhou US$ 15. No terceiro,
fez cookies e cupcakes. Fez US$ 25.
"Me
impressionou o por quê que eu ganhei mais dinheiro com menos coisas e fiz menos
dinheiro com mais coisas."
"Este
foi o meu primeiro momento 'Meu Deus' no mundo dos negócios. Descobrir que o
importante é qualidade e não quantidade. Você tem que começar pequeno e se
focar numa coisa que você faz bem e, então, crescer", diz Noa.
Seus
amigos, diz ela, têm orgulho do seu sucesso. "Mas eu sempre fiz questão de
dizer que ainda sou uma adolescente e não quero ser tratada de forma diferente.
Então, quando estou com meus amigos, estou com meus amigos."
E
quais os planos dela para o futuro? "Uma vez empreendedora, sempre
empreendedora", diz.
Fonte: Primeira Hora, com informações da BBC.
Texto: BBC.
Data:
25/07/2015.
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