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10.6.14

Mais de 300 pessoas participam de reunião sobre inclusão produtiva

Mais de 300 pessoas participam de reunião sobre inclusão produtiva


Da assessoria – Acessuas Trabalho

Mais de 300 pessoas participaram de um encontro promovido pelo Programa Nacional de Promoção do Acesso ao Mundo do Trabalho (Acessuas Trabalho) em Alto Araguaia, no sábado (07), na Escola Estadual Arlinda Pessoa Morbeck. O evento foi organizado para as famílias beneficiárias do programa Bolsa Família que moram nos bairros Vila Aeroporto, Nossa Senhora Aparecida, Casa Feliz e Parque do Cerrado. Foram ministradas duas palestras sobre inclusão produtiva e ao final, foi servido um lanche da tarde.

A reunião foi feita no pátio da escola e de acordo com o coordenador do Acessuas, Ademilson Antonio Lopes de Almeida, 24 anos, 256 pessoas assinaram uma lista de presença, a maioria delas usuárias do Bolsa Família, mas como muitas foram à reunião acompanhadas dos filhos ou de outros parentes, estima-se que mais de 300 compareceram.
“È possível afirmar com absoluta tranquilidade que mais de 300 pessoas estiveram aqui conosco, superando, inclusive, as nossas expectativas. Graças a Deus, foi um sucesso”, elogiou Lopes.

Palestras e mobilização

O encontro começou às 15h45 com uma palestra ministrada pelo coordenador, que falou por cerca de 20 minutos sobre as propostas do Governo Federal contidas no Plano Brasil Sem Miséria. Lopes ressaltou que o programa Bolsa Família é apenas parte da estratégia na luta contra a pobreza no Brasil e que além dos programas federais de transferência de renda, o objetivo do país é garantir aos brasileiros pleno acesso aos serviços básicos como educação, saúde, assistência social, segurança alimentar, entre outros. Ele confessou que o ideal em termos de serviços públicos ainda não foi atingido, mas que muitos avanços já foram conquistados. “Não serei hipócrita em dizer que tudo está um mar de rosas, mas muita coisa já melhorou”, explicou.

Lopes também enfatizou que a grande luta do atual governo é pela inclusão produtiva da população mais pobre, por meio de garantia de emprego, apoio ao microempreendedorismo e capacitação profissional, atribuições do Acessuas Trabalho. Ele contou que o Bolsa Família é uma ajuda imediata e emergencial e que o benefício sozinho não é suficiente para melhorar a vida da população. “O governo está oferecendo muito mais do que o Bolsa Família, nós queremos ajudá-los a crescer, com o seu próprio negócio, com o seu próprio emprego ou com uma qualificação profissional. O Bolsa Família sozinho não vai mudar nada. As oportunidades estão na frente de cada um deles, basta aceitar”, enalteceu.
O gerente geral da agência do Banco do Brasil em Alto Araguaia, Alexandre Augusto Gentilin, 42 anos, foi o segundo palestrante da tarde. Ele falou a respeito de microcrédito produtivo orientado e sobre como abrir uma conta bancária.
Gentilin explicou que uma das propostas pensadas pelo governo para a inclusão produtiva é justamente apoiar pequenos empreendedores como o açougueiro, o vendedor de cachorro quente, a dona de casa que faz confeitos, entre muitos outros, por meio de empréstimos bancários planejados. “Sabemos que não é possível mudar tudo de uma vez, mas nós viemos aqui trazer uma luz”, esclareceu.
Ao final da palestra de Gentilin, que durou cerca de 30 minutos, o coordenador voltou a falar por mais meia hora, dessa vez sobre comodismo, superação de limites, persistência e força de vontade, em um momento motivacional, com a apresentação de alguns vídeos de reflexão e de reportagens no telão montado. Encerrou destacando as oportunidades de qualificação profissional oferecidas em Alto Araguaia pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e esclarecendo dúvidas dos convidados.


Resultados

A moradora do bairro Nossa Senhora Aparecida, Cleonice Regioli, 36 anos, recebe o Bolsa Família, tem dois filhos, está desempregada e é dona de casa. Ela participou da reunião e se mostrou satisfeita. “Achei muito bom, porque a gente acaba aprendendo muitas coisas importantes”, declarou.
Cleonice já se matriculou no curso de confeccionador de lingerie e moda praia oferecido pelo Pronatec em parceria com o Senai do município, está aguardando pelo início das aulas e disse que pretende melhorar de vida com a formação profissional.
Um dos filhos da dona de casa, Jackson Francisco Regioli, 13 anos, acompanhou a mãe durante o encontro e também disse que aprendeu bastante. “Achei interessante os esclarecimentos sobre os cursos profissionalizantes, porque às vezes as pessoas não têm noção das coisas e sempre precisa de alguém para ajudá-las a melhorar esse entendimento”, falou.
Assim como a mãe, Jackson irá fazer uma capacitação profissional e escolheu o curso de iniciação ao mundo do trabalho industrial, ofertado pelo Senai de Alto Araguaia.
Quem da mesma forma esteve presente e destacou a importância do evento foi a também moradora do bairro Nossa Senhora Aparecida, Cláudia Pereira Paniago, 33 anos. A mulher, que tem dois filhos, disse que nunca trabalhou com carteira assinada e que sempre foi dona de casa. Ela se matriculou no curso de panificação do Senai/Pronatec e pretende construir uma cozinha em casa, para vender confeitos.
“É bom nos profissionalizarmos e nos capacitarmos para fazer algo diferente, conseguir um emprego melhor. Também é um meio de ganharmos dinheiro, em vez de ficarmos em casa parados. Assisti às palestras, achei muito boas e incentivei minhas colegas a se capacitarem também”, reforçou.

Próximas reuniões

De acordo com a coordenação do Acessuas Trabalho da cidade, novas encontros já estão sendo planejados com os usuários do Bolsa Família de outros bairros de Alto Araguaia. A data da próxima reunião será divulgada em breve.

FOTOS: Kátia Nabiane.
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