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O trabalho faz parte das ações da Prefeitura de Alto Araguaia, por meio
da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social.
Da assessoria de imprensa - Acessuas
Trabalho
Garantir que os idosos
e as pessoas deficientes também tenham condições de fazer um curso de
qualificação profissional. Em Alto Araguaia, este é o objetivo do Programa
Nacional de Promoção do Acesso ao Mundo do Trabalho (Acessuas Trabalho). Para
isto, o projeto iniciou nesta segunda-feira (1°) uma atividade especial que
consiste na visita domiciliar a população da terceira idade e aos indivíduos
que apresentam alguma deficiência. A meta é visitar 80 famílias do município
até o final do ano.
O intuito é se
aproximar dessas pessoas, criando uma relação de confiança e conhecendo as
limitações de cada uma. Com isso, o programa espera facilitar o acesso delas
aos cursos profissionalizantes disponíveis na cidade, sobretudo do Pronatec
(Programa Nacional de Promoção do Acesso ao Mundo do Trabalho).
Serão visitados os
cidadãos que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). O programa
assistencial é destinado aos indivíduos deficientes e aos idosos com mais de 65
anos que tem renda mensal familiar de no máximo ¼ do salário mínimo (valor que
corresponde hoje a R$ 181). Para descobrir o valor da renda por pessoa de um
grupo familiar, basta dividir a renda total da família pelo número de pessoas
que moram na mesma casa.
Todas as atividades
do Acessuas fazem parte das ações da Prefeitura de Alto Araguaia, por meio da
Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social.
Indo para mais perto de quem
necessita de proximidade
De acordo com a
coordenação do Acessuas, o trabalho com os beneficiários do BPC é diferenciado
por conta de algumas particularidades.
“Muitas vezes, o
idoso ou a pessoa deficiente tem problemas para fazer um curso por vários
motivos: dificuldade de locomoção, falta de esclarecimento e até mesmo medo de
sofrer preconceito ou discriminação. O nosso trabalho é visitar o lar das
famílias para entender as dificuldades enfrentadas, propor soluções e prestar
informações”, explicou a funcionária técnica do programa, Kátia Nabiane
Menzotti da Silva.
Uma das ações do
Acessuas Trabalho consiste na mobilização das famílias de baixa renda sobre a
importância e a necessidade da qualificação profissional. Para cumprir esse
objetivo de orientação, o projeto realiza palestras de motivação e
esclarecimento. Porém, são poucos os beneficiários do BPC que tem condições de
participar dessas palestras, conforme disse Kátia. Daí decorre a importância da
visita domiciliar.
“As palestras funcionam bem para os beneficiários do Bolsa Família e
para os jovens em situação de risco social. No entanto, não é a melhor
alternativa no caso do BPC. A gente precisa ir na casa, conversar, fazer uma
amizade com os atendidos e entender as particularidades de cada um deles”,
contou a funcionária.
Uma visita, muitos frutos
Rita (à direita) e
a irmã Ivonice (esquerda), durante
a visita da equipe do Acesssuas Trabalho.
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Quem recebeu a
visita do Acessuas nesta segunda-feira (1°) foi a moradora do Bairro Gabiroba,
Rita Flederico Nogueira, de 62 anos. Ela recebe o BPC desde 2009, por conta de
um problema na coluna vertebral que a impede de realizar determinadas tarefas, em
razão das dores.
Durante a visita,
Rita dialogou por mais de duas horas com a equipe do programa.
Ela parou de
estudar na antiga terceira série do ensino fundamental. Contudo, em 2009 voltou
para a sala de aula no Ensino de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Municipal
Adalcy da Conceição Rodrigues. Mesmo assim, acabou desistindo antes de terminar
o ano. Segundo conta, já não teria mais
idade para estudar.
Porém, começou a
pensar diferente quando a equipe do Acessuas explicou que não há idade para
continuar aprendendo e que muitos idosos concluíram uma faculdade com mais de
80 anos. Rita, inclusive, ficou bem empolgada quando ouviu a informação, para
ela, bem inusitada.
Além disso, a
mulher também foi orientada a respeito dos cursos de capacitação profissional
do Pronatec. Para ela, uma grande realização pessoal seria aprender o preparo
de salgados. “É o meu sonho. Quero aprender a fazer os meus salgados para me
sentir melhor e montar alguma coisa para aumentar a renda”, pontuou.
Segundo Kátia,
assim que forem abertas as vagas para o curso de salgadeiro, Rita será
imediatamente comunicada. “Essa é a importância da visita. Agora que a gente
sabe do interesse dela, assim que abrirem vagas em Alto Araguaia já faremos a
inscrição dela”, falou.
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