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2.9.14

Alto Araguaia investe em trabalho para garantir cursos profissionalizantes a idosos e deficientes

O trabalho faz parte das ações da Prefeitura de Alto Araguaia, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social.

Da assessoria de imprensa - Acessuas Trabalho

Garantir que os idosos e as pessoas deficientes também tenham condições de fazer um curso de qualificação profissional. Em Alto Araguaia, este é o objetivo do Programa Nacional de Promoção do Acesso ao Mundo do Trabalho (Acessuas Trabalho). Para isto, o projeto iniciou nesta segunda-feira (1°) uma atividade especial que consiste na visita domiciliar a população da terceira idade e aos indivíduos que apresentam alguma deficiência. A meta é visitar 80 famílias do município até o final do ano. 
O intuito é se aproximar dessas pessoas, criando uma relação de confiança e conhecendo as limitações de cada uma. Com isso, o programa espera facilitar o acesso delas aos cursos profissionalizantes disponíveis na cidade, sobretudo do Pronatec (Programa Nacional de Promoção do Acesso ao Mundo do Trabalho).
Serão visitados os cidadãos que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). O programa assistencial é destinado aos indivíduos deficientes e aos idosos com mais de 65 anos que tem renda mensal familiar de no máximo ¼ do salário mínimo (valor que corresponde hoje a R$ 181). Para descobrir o valor da renda por pessoa de um grupo familiar, basta dividir a renda total da família pelo número de pessoas que moram na mesma casa.
Todas as atividades do Acessuas fazem parte das ações da Prefeitura de Alto Araguaia, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social.

Indo para mais perto de quem necessita de proximidade

De acordo com a coordenação do Acessuas, o trabalho com os beneficiários do BPC é diferenciado por conta de algumas particularidades.
“Muitas vezes, o idoso ou a pessoa deficiente tem problemas para fazer um curso por vários motivos: dificuldade de locomoção, falta de esclarecimento e até mesmo medo de sofrer preconceito ou discriminação. O nosso trabalho é visitar o lar das famílias para entender as dificuldades enfrentadas, propor soluções e prestar informações”, explicou a funcionária técnica do programa, Kátia Nabiane Menzotti da Silva. 
Uma das ações do Acessuas Trabalho consiste na mobilização das famílias de baixa renda sobre a importância e a necessidade da qualificação profissional. Para cumprir esse objetivo de orientação, o projeto realiza palestras de motivação e esclarecimento. Porém, são poucos os beneficiários do BPC que tem condições de participar dessas palestras, conforme disse Kátia. Daí decorre a importância da visita domiciliar.
            “As palestras funcionam bem para os beneficiários do Bolsa Família e para os jovens em situação de risco social. No entanto, não é a melhor alternativa no caso do BPC. A gente precisa ir na casa, conversar, fazer uma amizade com os atendidos e entender as particularidades de cada um deles”, contou a funcionária.

Uma visita, muitos frutos

Rita (à direita) e a irmã Ivonice (esquerda), durante 
a visita da equipe do Acesssuas Trabalho.
Quem recebeu a visita do Acessuas nesta segunda-feira (1°) foi a moradora do Bairro Gabiroba, Rita Flederico Nogueira, de 62 anos. Ela recebe o BPC desde 2009, por conta de um problema na coluna vertebral que a impede de realizar determinadas tarefas, em razão das dores.
Durante a visita, Rita dialogou por mais de duas horas com a equipe do programa. 
Ela parou de estudar na antiga terceira série do ensino fundamental. Contudo, em 2009 voltou para a sala de aula no Ensino de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Municipal Adalcy da Conceição Rodrigues. Mesmo assim, acabou desistindo antes de terminar o ano.  Segundo conta, já não teria mais idade para estudar.
Porém, começou a pensar diferente quando a equipe do Acessuas explicou que não há idade para continuar aprendendo e que muitos idosos concluíram uma faculdade com mais de 80 anos. Rita, inclusive, ficou bem empolgada quando ouviu a informação, para ela, bem inusitada.
Além disso, a mulher também foi orientada a respeito dos cursos de capacitação profissional do Pronatec. Para ela, uma grande realização pessoal seria aprender o preparo de salgados. “É o meu sonho. Quero aprender a fazer os meus salgados para me sentir melhor e montar alguma coisa para aumentar a renda”, pontuou.

Segundo Kátia, assim que forem abertas as vagas para o curso de salgadeiro, Rita será imediatamente comunicada. “Essa é a importância da visita. Agora que a gente sabe do interesse dela, assim que abrirem vagas em Alto Araguaia já faremos a inscrição dela”, falou.
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