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A participação da terceira idade no mercado de trabalho tem crescido
  nos últimos dois anos no Brasil. É o que mostram os dados da Pnad Contínua,
  pesquisa recentemente divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia
  e Estatística). | 
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| Foto: Divulgação. | 
Segundo o levantamento, no 2º trimestre de 2012, pessoas com mais de 60
anos correspondiam a 6,2% da população economicamente ativa, passando para 6,5%
no mesmo período de 2014. Paralelamente, a participação de jovens de 18 a 24
anos recuou: no intervalo mencionado foi de 14,9%, para 13,8%.
Alto Araguaia - Em Alto Araguaia, o IBGE não faz pesquisas
para o Pnad Contínua. Porém, no município, o percentual de trabalhadores
formais com mais de 50 anos alcança 15,23% do total de
empregados com carteira assinada. Os dados são da Relação Anual de
Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE),
divulgada pela última vez em dezembro do ano passado. De acordo com essa mesma
publicação, pessoas que tem mais de 50 anos correspondem a 15,62% dos empregados
formais de todo o Brasil. Portanto, o município está dentro da média nacional.
Os percentuais da Rais são maiores do que os divulgados pelo IBGE,
porque a pesquisa do MTE contabiliza as pessoas com mais de 50 anos empregadas,
enquanto que o IBGE computa apenas os idosos com mais de 60 anos economicamente
ativos. Essa é a razão da diferença. 
De acordo com Carlos Elias, advogado do Cenaat (Centro Nacional de Apoio
ao Aposentado e Trabalhador), o aumento na expectativa de vida do brasileiro
leva as empresas a empregarem cada vez mais idosos, apesar do preconceito. “A
data de nascimento é um dos primeiros filtros usados para selecionar um
candidato”, comenta Elias.
Um dos maiores obstáculos no caminho dos mais velhos é a informática.
“Eles não têm chance em um processo seletivo se não buscarem suprir a lacuna
tecnológica com cursos especializados”, diz o advogado.
Na cidade, o Senai em parceria com a Prefeitura, está com vagas abertas para o curso de inclusão digital para a terceira idade. A capacitação é destinada para os idosos com mais de 55 anos, que poderão aprender a usar os principais recursos de um computador.
Na Universidade Aberta do Brasil (UAB), polo de Alto Araguaia, funciona um Telecentro Comunitário. Ali, 10 pessoas com mais de 50 anos aprendem informática básica, por meio do projeto de Inclusão Digital, mantido pelo Governo Federal em parceria com a administração municipal.
Competências e áreas
Apesar de ainda oferecerem resistência a profissionais idosos, muitas
empresas têm percebido valor em competências que só chegam junto com a idade.
Apoiados em sua ampla experiência, os mais velhos podem ser essenciais
na hora de tomar decisões de negócio, por exemplo. “A responsabilidade e o
senso de compromisso também costumam ser diferenciais de quem está nessa faixa
etária”, comenta Elias.
Por isso, é comum que eles sejam mais demandados em empregos que exigem
trabalho intelectual e longa experiência técnica. Segundo o advogado, os
setores que mais absorvem a terceira idade são a indústria e os serviços - no
segundo caso, sobretudo consultorias.
Outra área que atrai esses profissionais é a de recursos humanos. “O
detalhismo e a capacidade de observação são competências úteis para o
recrutamento e a gestão de pessoas, e isso eles têm de sobra”, afirma Elias.
Quando parar?
De acordo com o advogado do Cenaat, idosos que optam por continuar no
mercado de trabalho - ou regressar a ele depois da aposentadoria - costumam ter
duas possíveis motivações.
A primeira é financeira. “Muitos precisam trabalhar por conta do baixo
valor da aposentadoria ou pela necessidade de ajudar com a renda de filhos e
netos”, explica.
Outra razão pode ser de ordem emocional e psicológica. Trabalhar faz com
que se sintam prestigiados, úteis, inseridos na sociedade.
Se não há pressão financeira, o ideal é pesar prós e contras antes de
procurar um emprego. “Você precisa sentir que essa é mesmo a alternativa mais
saudável para o seu corpo e para a sua mente”, aconselha Elias. "A partir
dos 70 anos de idade, a maioria opta por buscar qualidade de vida".
Fonte: Claudia Gasparini, de EXAME.COM com assesoria de imprensa do
Acessuas Trabalho.
 

 
 

 
 
 
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