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10.2.15

5 queixas frequentes das empresas em relação aos jovens

Acessuas Trabalho
10/02/2015
 
Reclamações: em perfis mais jovens, as empresas têm sentido falta de algumas habilidades técnicas e comportamentais. (Foto: Reprodução).
Ágeis, e, em grande parte das vezes, ambiciosos, os jovens têm algumas características que vão ao encontro das necessidades do mercado de trabalho atual. Mas muitos ainda deixam a desejar em relação a alguns aspectos, segundo o headhunter Felipe Brunieri, da Talenses.

“Em perfis mais jovens, as empresas têm sentido falta de algumas habilidades técnicas e comportamentais”, diz ele com base no feedback de empresas clientes.

Confira as principais queixas, segundo o headhunter:

1. Inglês não fluente

Esta é principal queixa das empresas, segundo o headhunter. Mesmo com boa capacidade de leitura e compreensão do idioma, tropeços na hora da conversação são bastante frequentes, sobretudo, entre profissionais da área comercial, de TI e também de engenharia.

“Nas áreas de finanças, fusões e aquisições, relações internacionais e marketing há mais pessoas com inglês fluente”, diz Brunieri.

Na opinião de Diego Leão, fundador do Personal Carreira, estudar o idioma é uma das dicas mais importantes para quem quer começar bem na carreira.

“Inglês fluente é um dos requisitos para participar dos grandes programas de trainee que são trampolins para a carreira dos jovens. É só ver o número de executivos de sucesso que foram trainees”, diz.

2. Conhecimento superficial

A “geração Google” encontra dificuldades na hora de aprofundar em temas mais técnicos, segundo Brunieri.“O acesso à informação é fácil, mas a profundidade desta mesma informação não é considerável”, diz o headhunter da Talenses. De acordo com ele, o problema é mais crítico em setores técnicos e de suporte em finanças, TI e engenharia.

O foco nos pontos fracos, em vez da atenção aos talentos naturais, é um erro comum, segundo Diego Leão. “Vejo muitas pessoas preferindo estudar assuntos em que têm mais dificuldade. Sempre digo que é mais importante investir nos pontos fortes, ou seja, explorar e se aprofundar naquilo que gosta e que vai bem”, diz.

3. Falta de concentração durante o expediente


A queixa é antiga e muitos a consideram bastante antiquada. Mas ainda há empresas que consideram redes sociais e aplicativos de mensagens os vilões da produtividade da geração Y. “O jovem precisa estar 100% conectado e isso pode atrapalhar, na opinião de alguns gestores”, diz.

Esta pode ser até uma reclamação exagerada, no entanto, é fato que o sucesso chega mais cedo para os proativos que não perdem tempo, segundo o fundador do Personal Carreira.

4. Expectativa de crescimento descolada da realidade

A vontade de crescer na carreira é vista com bons olhos pelo mercado. A ambição exagerada, não. “O problema surge quando ela não está de acordo com o que empresa tem a oferecer”, diz Brunieri.

Por isso, na hora de traçar metas e objetivos de carreira, o jovem deve levar em conta o tempo médio necessário para fechar ciclos e evoluir profissionalmente.

E esse aspecto varia de acordo com o segmento, de acordo com Brunieri. Indústrias de base, setor bens de capital e de mineração são tradicionalmente mais conservadores em relação ao tempo necessário para ser promovido, segundo o headhunter.Já empresas de tecnologia e do mercado financeiro permitem ascensão (principalmente salarial) mais rápida.

“Existem etapas que devem ser cumpridas, porque as oportunidades aparecem para quem está, de fato, preparado”, diz Leão.

5. Pouco comprometimento com a empresa

Uma das principais preocupações dos departamentos de recursos humanos é em relação à alta rotatividade de pessoas. Na visão das empresas, jovens trocam de emprego, muitas vezes, diante do primeiro conflito profissional.

Do lado da geração Y, mais relevante do que o comprometimento com a empresa, é participar de projetos que façam sentido, diz Brunieri. A relação com o gestor direto também ganha relevância, segundo ele.

Assim, para evitar frustrações, a recomendação é olhar para estes aspectos antes mesmo de vestir o crachá de funcionário.
Isso porque, quando as mudanças de emprego são constantes, há que se levar em conta o risco para a carreira: o carimbo de profissional volátil.


Fonte: Camila Pati, de EXAME.com
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