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Unknown
Blog do Acessuas Trabalho
21/03/2015
Preocupados em impressionar recrutadores, muitos profissionais se
esquecem de uma regra básica para a elaboração de currículos: menos é mais.
“Falta de objetividade é um problema recorrente nos CVs”, afirma Rafael
Souto, CEO da consultoria Produtive. De um visual enfeitado demais a detalhes
irrelevantes sobre a sua trajetória, o excesso pode aparecer tanto na forma
quanto no conteúdo do documento.
Além de atrapalhar a leitura, esses elementos podem depor contra o
candidato. “Um currículo cheio de firulas transmite a imagem de um profissional
pouco pragmático”, diz Fábio D’Ave, gerente de divisão da Robert Half.
Segundo os especialistas, a melhor estratégia é ir direto ao ponto. Veja
a seguir o que pode, tranquilamente, ficar de fora do documento:
1. Nostalgia
Não há problema em citar os empregos que você teve no passado, mas tudo
tem limite. Souto recomenda que experiências ocorridas há mais de 10 anos sejam
apresentadas de forma sucinta. “É bobagem usar o espaço do currículo para
detalhar o que foi feito há tanto tempo”, diz.
O mesmo vale para a sua formação anterior à faculdade. Segundo D’Ave,
citar o lugar onde você cursou o ensino médio é aceitável, embora não
obrigatório. Citar as escolas que vieram antes disso é desnecessário.
2. Tarefas
operacionais
No campo de experiências profissionais, a descrição das atividades do
dia a dia deve ser concisa. Se você trabalhou como gerente de vendas, por
exemplo, não precisa dizer que enviava relatórios ou fazia reuniões periódicas
com a equipe.
“Esse tipo de informação é irrelevante, além de óbvia”, afirma Souto.
Ele recomenda usar apenas duas ou três linhas para descrever cada atividade desempenhada.
Além disso, é fundamental mencionar os resultados que você trouxe para cada
empresa por que passou.
3. Autoelogios
Ágil, dedicado, perfeccionista, obstinado, incansável - é ingênuo pensar
que adjetivos positivos sobre você mesmo no CV vão melhorar a sua imagem.
“É um recurso de péssimo gosto, que pode inclusive desestimular o
recrutador a chamar o candidato para uma entrevista”, diz Souto.
4. Excesso de
elementos visuais
Salvo algumas exceções, D'Ave não recomenda incluir fontes e cores diferentes,
logos de empresas, fotos e outros elementos gráficos num currículo.
“Só polui a página, e dá a impressão de que o profissional está
preocupado demais em ‘enfeitar o pavão', e não com o que realmente importa”,
afirma.
5. Informações
adiantadas
Incluir a sua pretensão salarial no currículo é muito precipitado. De
acordo com Souto, a remuneração deve ser discutida numa fase posterior, cara a
cara com o recrutador.
Outro erro é apresentar dados como número do RG ou anexar materiais como
portfólio, cartas e listas de referências. “Esses itens serão pedidos num
momento mais avançado do processo seletivo”, diz o CEO da Produtive. Além de
dispensável, esse excesso pode transmitir ansiedade em convencer o recrutador
de que você deve ser chamado.
6. Conhecimentos
superficiais
Você conhece um pouquinho de programação? Sabe falar o básico em
italiano? Na opinião de D’Ave, é preciso ser criterioso antes de incluir esse
tipo de informação entre as suas competências.
“Na maioria das vezes, não é necessário mencionar um conhecimento
superficial, ainda mais se ele for irrelevante para a sua área ou para a vaga
que está disputando”, diz ele. “Falar ou não falar dá na mesma”.
7. Cursos
extracurriculares
Na tentativa de exibir os seus conhecimentos, você também pode exagerar
no campo de cursos. Segundo Souto, é desnecessário mencionar aperfeiçoamentos e
capacitações que não tenham relação com a sua área.
E ele vai além: mesmo que eles tenham a ver com a sua profissão, é bom
ser econômico. “Basta mencionar os cinco ou dez cursos que mais fizeram
diferença para você”, recomenda.
Fonte: Claudia Gasparini, de EXAME.com.
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