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Acessuas Trabalho
04/03/2015
Ministra Tereza Campello, durante discurso no 2° Fórum Nova Favela Brasileira. (Foto: Rogério Gomes). |
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome,
Tereza Campello, afirmou nesta terça-feira (3) que o comportamento dos mais
pobres ainda é desconhecido pelos brasileiros e acaba reforçando os mitos de
que são perdedores ou preguiçosos. Pesquisa apresentada durante o 2º Fórum Nova
Favela Brasileira, em São Paulo, aponta que 7 em cada 10 beneficiários do Bolsa
Família que moram em favelas trabalham.
Os dados confirmam estudos do governo federal, que apontam
que mais de 70% das famílias que recebem a complementação de renda estão no
mercado de trabalho. “Essa ideia de que o favelado gosta do tráfico, que é o
jeito fácil de ganhar dinheiro, é a mesma ideia que faz as pessoas pensarem que
o nordestino é preguiçoso”, contou.
A pesquisa foi apresentada pelo presidente do Instituto Data
Popular, Renato Meirelles. “Eles trabalham e ganham pouco. E necessitam do
Bolsa Família para sonhar mais longe”, afirmou. O estudo ainda mostrou que um
em cada quatro moradores das favelas recebem a complementação de renda.
“Estamos vendo o Bolsa Família hoje como um grande aliado para a redução
extrema da pobreza”, disse Meirelles.
Nos últimos 10 anos, com mais trabalho e renda, os moradores
das favelas ascenderam economicamente. “O que mudou na vida dos moradores foi
aquela carteirinha azul, não foi só o Bolsa Família", completou, ao citar
a carteira de trabalho e os empregos criados nos últimos anos.
A ministra Tereza Campello defendeu o trabalho do governo na
geração de empregos que garantiram ganhos sociais nos últimos anos. “Parece que
a geração de mais de 20 milhões de empregos formais nos últimos 12 anos ocorreu
naturalmente, mas não ocorreu”, ressaltou. “A questão da empregabilidade é um
esforço do governo brasileiro.”
Menos
filhos – O aumento do número de filhos é outro mito que foi
rebatido pela ministra Tereza Campello. “Os dados mostram que o número de
filhos caiu violentamente em todo Brasil, 10% em média. Entre os pobres caiu
16% e os pobres nordestinos caiu 26%, muito mais que a média nacional. No
entanto as pessoas continuam repetindo a mesma coisa”, finalizou.
Fonte: Ascom/MDS.
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