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Com a
confirmação do antigo Cespe/Unb, agora chamado de Cebraspe, como a organizadora
do concurso do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para 950 vagas - 800
para técnico do seguro social (nível médio) e 150 para analista do seguro
social, com graduação em serviço social -, os candidatos devem focar no estilo
de prova da banca, segundo especialistas. O edital do concurso deve sair até
dezembro deste ano.
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(Foto Ilustrativa). |
“Agora é
que vou poder direcionar melhor os estudos. Com isso vem a tranqulidade para
seguir a preparação”, diz a analista de sistemas Lilian Salamon, de 51 anos,
que vai prestar para técnico do seguro social. Ela está há seis meses se
preparando para seu primeiro concurso, mas garante que vai ficar com a vaga. “É
hora de fazer muitas questões para assimilar o conteúdo já estudado. Quando o
edital sair, é a hora de ver as novidades e intensificar os estudos em cima
delas. Caso não haja novidades, farei uma revisão da matéria e continuarei no
treinamento de exercícios”, diz.
O
concurso do INSS não foi afetado pelo corte de gastos anunciado pelo Ministério
do Planejamento em setembro, que causará suspensão de concursos públicos na
área federal em 2016.
De acordo
com Rodrigo Lelis, professor do Universo do Concurso, o candidato deve
continuar estudando a teoria das disciplinas e resolver questões de provas
anteriores do Cespe. “A resolução de questões anteriores da banca é um grande
aliado para conhecer melhor como as questões serão propostas, o que tem sido
mais cobrado nos últimos concursos que ela organizou, ou seja, quais são os
conteúdos mais recorrentes, e também se ela se baseia mais na letra da lei, em
jurisprudências ou em simulações de casos concretos", diz.
Segundo
Lelis, essa familiarização com a banca organizadora faz com que o candidato
chegue mais seguro e confiante na prova, existindo menos espaço para ansiedade,
nervosismo e possíveis “brancos”.
ESTILO DO CESPE
Rodrigo
Menezes, diretor do site Concurso Virtual, recomenda estudar de forma
aprofundada, pois a banca costuma sair do óbvio. “Em direito, vai bem além do
texto das leis, cobrando jurisprudências dos tribunais, o que exige do
candidato um bom material de estudo”, diz.
“Toda
prova exige um nível de atenção elevadíssimo e com o Cespe não é diferente.
Muitas vezes, uma palavra muda todo o sentido da questão, e são nessas cascas
de banana que os candidatos escorregam o tempo todo. O Cespe gosta de uma
linguagem mais rebuscada, e o candidato precisa se acostumar para não temer.
Com o tempo de estudo, o candidato também passa a perceber onde a banca pode
tentar enganá-lo, quais são os conteúdos mais cobrados, portanto, fazer
exercícios e resolver questões são fatores essenciais para a aprovação”, diz
Lelis.
Para
Menezes, o Cespe valoriza o conhecimento e a capacidade de interpretação do
candidato, mais do que a simples "decoreba" e apresenta as questões
que devem ser julgadas, uma a uma, como certo ou errado, em que uma resposta
errada anula uma resposta certa.
“Enquanto
numa prova de múltipla escolha você pode comparar quatro ou cinco itens de uma
mesma questão, no Cespe cada item é uma questão a ser julgada e, o que mais
assusta, é que a cada item que o candidato erra, ele perde um ponto. Numa prova
de 150 itens, por exemplo, se o candidato acertar 75 e errar 75, sua pontuação
será 0. Isso assusta muitos candidatos, mas na verdade essa forma de pontuação
favorece muito quem está mais bem preparado. Quem estuda de verdade com bom
material e sabe as técnicas de fazer provas do Cespe sai muito na frente”,
explica.
Lelis
afirma que a banca pede conhecimento de fato do conteúdo que está sendo cobrado
por meio de simulações de casos concretos, bem como conhecimento de
jurisprudência. Assim, o entendimento da matéria é mais valorizado que a
memorização pura e simples.
“Para
lidar com esse tipo de prova, é fundamental que o candidato realize questões da
banca à exaustão, para se adaptar aos tipos de assertivas, e ter em mente que
nem sempre o famoso “chute” é uma boa opção. Quando não se tem ideia sobre o
que é a questão, a melhor opção é deixar em branco, para não correr o risco de
perder um ponto de uma questão que o candidato acertou”, aconselha.
De acordo
com Menezes, mais de 90% dos concursos realizados pelo Cespe trazem as provas
no formato certo/errado. Para ele, a prova somente será de múltipla escolha se
o INSS assim exigir. “Considerando que no último concurso do INSS para técnico
e analista que o Cespe organizou a prova foi no formato certo/errado, acredito
que isso se repita”, diz. O concurso foi realizado em 2008 – clique aqui para
ver os editais.
E QUEM ESTUDOU POR OUTRA BANCA?
Para
Menezes, quem estava estudando baseado no último edital para técnico, feito
pela Fundação Carlos Chagas (FCC) em 2011, não deve desanimar e achar que
perdeu tempo. “Todo conteúdo estudado é válido. Quem já vem estudando com foco
na FCC já terá uma boa base, mas terá que adaptar seu estudo agora para o
perfil do Cespe."
“De
maneira alguma se perde o conhecimento adquirido. O candidato apenas terá uma
visão de cobrança nas questões um pouco diferente do que o Cespe faz, mas todo
o conteúdo já estudado é aproveitado. Desse momento em diante, o candidato só
precisa focar na resolução de questões de provas anteriores da organizadora
escolhida para conhecer e se familiarizar com o estilo de prova muito peculiar
do Cespe”, diz Lelis.
PLANEJAMENTO DE ESTUDO
Menezes
sugere montar uma grade de estudos com os tempos disponíveis de cada dia da
semana. “O ideal é que todas as matérias previstas sejam estudadas a cada
semana. O estudo deve ser feito intercalando-se cerca de 55 minutos de estudo e
5 de descanso. A cada 2 ou 3 horas de estudo, vale trocar a matéria por outra
completamente diferente. Considerando que a prova é iminente, indico que
estudem pelo menos 6 horas por dia duas matérias, intercalando em cada uma
teoria nas duas primeiras horas e na terceira hora revisão de conteúdo e
resolução de questões”, diz.
Rodrigo
Lelis diz que o planejamento de estudos deve estar dentro da realidade do
candidato e o tempo de estudo deve render o máximo possível. “Duas horas bem
estudadas rendem muito mais do que oito horas entre estudos e distrações
diversas”, comenta.
Segundo
Lelis, o planejamento deve englobar todas as disciplinas previstas para o
concurso e ser dividido entre estudo da teoria e resolução de questões. O
especialista considera importante que sejam contemplados todos os dias da
semana na preparação.
“Dar uma
folga a si mesmo no fim de semana é ilusão. Você pode diminuir o tempo, mas não
excluir esses dias de estudo. Estudar com eficiência é uma questão de ritmo, e
o ritmo você só adquire estudando todos os dias”, opina.
De acordo
com ele, se o candidato divide a sua semana com uma disciplina por dia, ou irá
dedicar a semana toda a uma disciplina só, isso é uma questão variável.
“Há
pessoas que preferem estudar uma disciplina por dia para ter um estudo mais
dinâmico e menos monótono; outras preferem estudar todo o conteúdo de uma
disciplina só até passar para outra, porque são mais ansiosos. Muitos
especialistas defendem o estudo intercalado, com uma disciplina por dia, pois
favorece a assimilação do conteúdo. Eu acredito que o candidato deva escolher o
modo em que se sinta mais à vontade. Independente disso, o importante é estudar
com dedicação todos os dias e perseverar até que o objetivo seja alcançado”,
conclui.
Fonte: G1.
Texto: Marta Cavallini.
Data: 07/10/2015.
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