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SUCESSO PROFISSIONAL
Dona Maria Rita já construiu a área da frente e o muro de sua casa com o dinheiro da venda de confeitos.
Assessoria – Acessuas Trabalho
Na rua Benjamin Constant, na casa de
número 566, já do lado de fora se sente um cheiro agradável e que estimula o paladar. No portão, uma senhora de 65 anos nos recepciona com um
sorriso largo no rosto e uma voz suave, baixa e calma. “Vamos entrar”, diz ela.
Mas há um diferencial na recepção dessa mulher, pois se pensávamos que seríamos
acomodados logo na área da frente – recém construída, bem limpa e numa
temperatura agradável -, ao passarmos pelo portão, percebemos que nos
enganamos.
Cozinha onde são preparados os confeitos |
Dona Maria Rita, como prefere ser
chamada, coloca os nossos estômagos à prova e nos convida para sentar na área
dos fundos. Para isso, passamos por um corredor e cruzamos a cozinha, onde
pães, petas, pães de queijo, biscoitos, brevidades e roscas, ou estão no forno
assando ou sobre uma mesa ao lado do fogão – estes últimos ainda quentinhos e
visivelmente saborosos.
Sentimos a boca umedecida, desejando
aqueles confeitos recém-preparados. A aflição dura pouco. Na área dos fundos
estava o “paraíso”: dois bancos de cada lado de uma mesa e em cima dela, doces,
biscoitos, pães e petas.
Dona Maria Rita diz logo: “Sentem,
fiquem à vontade, comam que eu vou preparar um cafezinho”. Embora por educação
digamos, “não precisa não”, claro que a proposta soa interessante, como um café
da tarde, pois o relógio marcava em torno de 16h.
Dona Maria Rita nos recepcionou com um café da tarde. |
Logo, descobrimos que aqueles produtos
tão saborosos são verdadeiramente “o ganha pão” da idosa, que diz ter melhorado
de vida após fazer um curso de panificação caseira do Senar. “Depois que fiz o
curso do Senar, coloquei em prática, passei a fazer minhas coisas em casa (seus
confeitos), e hoje tiro o meu dinheiro disso. Com os ganhos, já construi a área
na frente e levantei o muro da minha casa”, diz a idosa, orgulhosa de si mesma,
e que ainda não se aposentou.
Ela ainda completa e fala dizendo que
prepara os produtos na própria residência, na cozinha preparada para isso. Os
clientes encomendam os pedidos ou batem à porta da casa dela. “Maria Rita, tem
pão de queijo”, pergunta um deles.
Com o dinheiro ganho com os confeitos, Dona Maria Rita já construiu a área da frente de sua casa |
Quando nos recepcionou, do lado dela
sentou-se a “Tia Marlene”, 56 anos, que não é de fato sua tia, mas uma amiga de
muito tempo (e é muito, pois até elas já perderam as contas), e também cliente
da confeiteira, que confirma. “A Maria Rita hoje é uma pessoa mais alegre e
mais realizada. Antes de começar a fazer os produtos dela em casa, ela vivia
cabisbaixa e sem motivação na vida”, declara empolgada.
Veja o vídeo ao lado.
Veja o vídeo ao lado.
Ao sairmos dali, depois de saciados,
fica claro que um curso de qualificação, a depender do caso, pode mudar os
rumos de uma vida.
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