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23.7.14

Há vagas de empregos, mas faltam profissionais para ocupá-las em Alto Araguaia

Falta qualificação e há escassez de profissionais capacitados em pelo menos sete áreas.

 Assessoria – Acessuas Trabalho

Alto Araguaia contava com 2.228 empregados com carteira assinada até janeiro desse ano de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Mas esse número poderia ser ainda maior, caso as pessoas desempregadas investissem mais em qualificação profissional.
A Louis Dreyfus Commodities, com unidade instalada no Terminal Ferroviário do município, tenta contratar profissionais capacitados há mais de dois meses, por meio de entrevistas no Sine. Porém, até essa quarta-feira (23) a empresa ainda não conseguiu preencher totalmente as vagas.
            O que não falta são interessados. Dezenas de pessoas procuram o Sine diariamente em busca de emprego e outras dezenas participam das entrevistas da empresa, mas esbarram no fator capacitação profissional específica para o preenchimento das vagas existentes. Ou seja, não atendem os requisitos porque lhes falta algum curso ou experiência na área.
Profissionais qualificados levam ampla vantagem na procura de um emprego.
            A analista de recursos humanos da Louis Dreyfus, Katiucia Barbosa Freitas, conta que tem sido muito difícil contratar trabalhadores para algumas funções na corporação. Por diversas vezes é preciso investir em profissionais de outros municípios, o que gera concorrência com a população local e torna o processo ainda mais lento e caro.

 Setores com falta de mão de obra qualificada

Katiucia explica que as áreas com maior dificuldade para encontrar mão de obra qualificada são as seguintes: química (principalmente nas áreas de laboratório), alimentos, manutenção mecânica e elétrica, almoxarifado, solda, além de trabalhadores qualificados para operar empilhadeiras e pá-carregadeiras.
A empresa gera 300 empregos diretos em Alto Araguaia e possui oito vagas abertas nas áreas citadas, número que que varia com certa frequência. “Nós temos essas vagas no momento, mas elas podem aumentar ou diminuir, porque existe uma rotatividade. O certo é que nós temos dificuldade de fechá-las, pois não encontramos os profissionais capacitados para ocupá-las”, completa a analista de RH.

Intervenção do Poder Público via Acessuas Trabalho

O objetivo da prefeitura de Alto Araguaia, através do Programa Nacional de Promoção do Acesso ao Mundo do Trabalho (Acessuas Trabalho) é auxiliar a população mais vulnerável (beneficiários do Bolsa Família, pessoas com perfil do Plano Brasil Sem Miséria, pessoas deficientes em situação de carência, adolescentes com histórico de trabalho infantil ou que já tiveram problemas com a justiça, ex-detentos, entre outros) no acesso ao mercado de trabalho.
Com isso, a coordenação do programa na cidade se interessou pelas oportunidades anunciadas pela Louis Dreyfus e está buscando junto ao Senai a abertura de cursos nas áreas com déficit de qualificação.
Em um documento encaminhado para o Senai, o Acessuas solicita cursos para Alto Araguaia nos setores latentes. A expectativa é que a entidade de formação profissional atenda a demanda e abra oportunidades de capacitação profissional para suprir a necessidade municipal.
Com a medida, o programa espera encaminhar o seu público alvo para as oportunidades de qualificação profissional. A meta é que as pessoas atualmente desempregadas e com dificuldades financeiras ocupem as vagas abertas na empresa e melhorem de vida com a conquista do emprego.
“A empresa de um lado procura mão de obra qualificada e é isso que um curso do Senai garante ao aluno. Muitos estão desempregados enquanto estão disponíveis, com horários acessíveis, vagas no mercado de trabalho”, garante a assistente administrativa do Senai, Nilva Alves Rodrigues.


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