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Mulheres são a maioria no ingresso e conclusão nas universidades

Acessuas Trabalho
06/03/2015

A força da mulher está presente nas universidades brasileiras. Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o número de mulheres que ingressam no ensino superior supera o de homens. O percentual médio de ingresso de alunas até 2013 foi de 55% do total em cursos de graduação presenciais. Se o recorte for feito para os concluintes, o índice sobe para 60%.

Para a professora Priscila Rufinoni, mudanças nos
programas educacionais abriram espaço
para as mulheres (Foto: João Neto/MEC).
No último ano do decênio, do total aproximado de 6 milhões de matrículas, 3,4 milhões foram de mulheres, contra 2,7 milhões do sexo oposto. Na conclusão dos estudos, 491 mil alunas formaram-se, enquanto 338 mil homens terminaram seus cursos em 2013.

Essa forte presença feminina está mais atrelada aos cursos de humanas. No ano de 2011, por exemplo, 64% dos bolsistas do CNPq na área de ciências exatas e da terra eram homens; em engenharia e computação, 66%.

Porém, de acordo com a professora de filosofia Priscila Rufinoni, da Universidade de Brasília (UnB), as mulheres começaram a ocupar cursos em que não estavam tão presentes. “Este curso (filosofia) sempre foi mais masculino, a começar por seu corpo docente, de maioria esmagadora: 37 homens e 5 mulheres, e assim também entre o alunado”. Segundo ela, apesar de a filosofia ser da área de ciências humanas, ela oferece interface com as ciências exatas, onde a maioria masculina prevalece. Mas Priscila acredita que esse quadro tende a se alterar. “Aumentou o número de alunas no curso. Hoje, vejo mais meninas nas salas”, afirma a professora.

Há sete anos na UnB, ela diz que uma entre as causas do maior ingresso feminino são as mudanças nos programas educacionais brasileiros, com expansão do acesso ao ensino superior. “O Reuni mudou muito a perspectiva, reestruturou a educação. A filosofia virou disciplina do ensino médio, isso aumentou sua visibilidade e o interesse das mulheres”, avalia.


Fonte: Ana Salomão, do MEC.
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