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Blog do Acessuas Trabalho
16/05/2015
Cerca de 14 milhões de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família
vão receber um conversor de TV digital com grande capacidade de interatividade.
O equipamento foi apresentado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) como
consenso após uma série de discussões entre governo, empresas públicas e
privadas de radiodifusão e grupos de telecomunicações.
O Grupo de Implantação da Digitalização da TV (Gired), liderado pela
Anatel, decidiu ontem (15), depois de uma reunião que durou cerca de oito
horas, na sede da agência, em Brasília, que o conversor terá interatividade
pelo padrão Ginga C, 512 kilobytes (Kb) de memória e 2 Gigabytes (Gb) de
memória flash. Isso significa um aparelho que vai atender plenamente às
necessidades das famílias.
Segundo André Barbosa, superintendente Executivo de Relacionamento da
Empresa Brasil de Comunicação (EBC), responsável pelo Brasil 4D, a decisão
inaugura a possibilidade de uma TV que não apenas disponibilize bons programas,
mas também serviços, por meio de aplicativos e vídeos para as pessoas.
De acordo com Barbosa, com o conversor acoplado à televisão, o
beneficiário poderá fazer consultas sobre vagas de emprego, capacitação
profissional, serviços públicos nas áreas de saúde, educação, segurança e
transporte, além de serviços bancários, cursos técnicos e de educação
financeira.
“Esta é a mudança na sua televisão. Não é só ver o programa preferido, o
jogo de futebol, o noticiário. Mais do que isso, é ter informações que você
precisa, que estão à sua disposição e que antes só estavam na internet e,
agora, passam a estar na tela da televisão”, disse.
Embora ainda não tenha sido anunciado o custo de cada conversor, Barbosa
acredita que ele deve ficar em torno de R$ 130, incluindo a antena. Uma
licitação será feita para a aquisição das “caixinhas”, que começarão a ser
instaladas no próximo ano, gratuitamente, nas casas dos beneficiários do Bolsa
Família residentes das capitais e, até 2018, em todo o país, informou.
Para o superintendente da EBC, alguns detalhes no equipamento poderiam
ser melhorados, por exemplo, uma capacidade maior de memória. Apesar disso,
Barbosa garantiu que o modelo escolhido atenderá às necessidades iniciais de
cada família. O superintendente destacou que o Brasil implementará um projeto
novo no mundo e espera que ele possa ser levado a outras regiões que também
tenham residências sem internet, como outros países da América Latina e da
África.
Fonte: Agência Brasil.
Texto: Danilo Macedo.
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