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Estudo
realizado na Universidade de Harvard (Estados Unidos) analisou dados de 1.739
enfermeiras com idade média de 33 anos e que estavam tentando engravidar. O
questionário aplicado avaliou, inclusive, detalhes da jornada de trabalho, bem
como escalas e esforço físico. A maioria trabalhava somente no turno da manhã
ou da noite, sendo que 16% enfrentavam escalas rotativas. Mais de 30% afirmaram
trabalhar acima de oito horas diárias. Resultado: trabalhar mais de 40 horas
por semana pode aumentar em 20% o tempo que a mulher leva até ficar grávida –
comparando com quem trabalha entre 21 e 40.
(Foto ilustrativa). |
Os
pesquisadores também revelaram que 44% delas estavam acima do peso ou eram
obesas e 22% eram fumantes ou ex-fumantes. Em um ano, 16% das participantes não
tinham engravidado, enquanto 5% não conseguiram engravidar num período de dois
anos. As enfermeiras que levantavam cargas pesadas mais de 15 vezes por dia
levaram um tempo superior para engravidar de cerca de 50% em relação àquelas
cujas rotinas não incluíam muito esforço físico. A associação entre fazer
esforço físico e levar mais tempo para engravidar foi mais observada entre
mulheres com sobrepeso ou obesas.
Na
opinião do especialista brasileiro em Medicina Reprodutiva Assumpto Iaconelli Junior,
diretor do Fertility Medical Group (SP), um dos problemas mais observados entre
os casais que buscam ajuda especializada para engravidar é a falta de tempo
destinado às relações sexuais frequentes para atingir o objetivo, especialmente
durante a ovulação feminina.
“A fadiga
gerada por trabalhos extenuantes, associada muitas vezes ao estresse mental e
emocional de determinadas ocupações profissionais, têm sido bastante
recorrentes, já que impactam o bem-estar físico e mental das pessoas. Quando
esse fator determinante encontra outras variáveis, como idade avançada, excesso
de peso, doenças preexistentes, fumo, álcool etc., é hora de recorrer a um
tratamento de reprodução assistida”.
Iaconelli
diz que, quando um casal resolve engravidar, o tempo de tentativas até atingir
o objetivo costuma girar em torno de três meses, mas depende muito de fatores
como estilo de vida, idade, e condição da saúde geral. Por isso, é comum que
alguns casais levem até um ano para conseguir engravidar. Para os cerca de 10% a
15% de casais que não engravidam dentro desse espaço de tempo, o ideal é buscar
ajuda especializada.
“Em
alguns casos, pequenos ajustes no estilo de vida do casal podem fazer grande
diferença nos resultados. Além de relações sexuais mais frequentes (duas vezes
por semana, pelo menos), também fazemos um acompanhamento nutricional e
psicológico para que o casal adquira hábitos mais saudáveis de vida e
alimentação, além de manter o estresse sob controle”.
Entretanto,
a paciente com mais de 35 anos tem apenas 10% de chance por mês de engravidar.
De acordo com o especialista, quem tem vinte e poucos anos, todo mês tem entre
20% e 25% de chance de engravidar. Dos 30 aos 34 anos, as chances caem para 15%
ao mês. Depois dos 35 anos, essa possibilidade cai consideravelmente.
“Quem tem
mais de 35 anos e tentou engravidar por seis meses sem sucesso não deve esperar
muito para buscar ajuda especializada. Além de a paciente às vezes precisar
somente de um ‘empurrãozinho’, com regulação de vitaminas, hormônios, dieta
etc., pode ser necessário seguir com tratamentos mais complexos, como a indução
da ovulação, transferência de gametas, inseminação artificial por doador,
doação de óvulos, injeção intracitoplasmática de espermatozoides, fertilização
in vitro etc. O importante é saber que há várias formas de alcançar o desejo de
ter um filho e não desanimar”.
Fonte: Canal Executivo.
Texto: Redação.
Data: 18/09/3015.
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